Um seguidor cantou a bola: meu grande desafio seria manter o Blog simultaneamente a minha rotina de trabalho.
No fim de setembro, meio de semestre letivo, comecei a viver só para o trabalho.
Em férias desde o fim de dezembro, a atividade na Catrâmbia ainda não voltou.
Talvez eu não tenha muito mesmo a dizer.
O jovem não sabe do tempo. Tem medo. Por isso tem pressa.
O velho de tudo viu. Sabe que o tempo não é o tempo do jovem. Pergunta: "Pra que correr?".
Ontem, na turma de Marketing do Senac, tive uma surpresa maravilhosa!
Conseguimos discutir em alto nível a Ética Nicomaquéia.
Claro que o professor sempre espera o máximo; mas o tempo vai calejando agente: por que uma turma de um curso Tecnológico de Marketing vai se meter a ler bem um texto sobre Aristóteles?
Não só o fizeram como, a partir daí, municiaram-se para uma boa discussão.
Parabéns, rapaziada!
E muito obrigado.
É ou não é a
eudaimonia?
Em ações como essa agente percebe o caráter e projeta o futuro de uma turma.
Estou sentindo o orgulho de uma galinha choca ao ver suas crias siscando por aí!
Cai pra dentro, genteeeeeee!!!!!!!!!
Esta vai para alguns colegas professores, sobretudo aqueles "bem formados" em Ciências Humanas. Os demais, nem falam em mudança; para estes não tem frase, apenas meu desprezo!
Para aqueles: "
Falar de revolução e não alterar o seu cotidiano é ter um cadáver na sua boca.". (herança de 68)
Mais sintético e mais contundente!
Será um prazer twittar com vocês!!!
Com este texto, pago parcialmente minha dívida blogueira com minha grande amiga Mikinha.
O tempo avança e insiste em nos lembrar: nada é indelével!
Por mais que cresça a nossa expectativa de vida, por mais que inventemos modos de nos sentirmos jovens, mais dia, mais outro dia e, zás: o que era novo ficou velho!
Herdeiros da Modernidade, logo aprendemos que as coisas devem ser assim. Ao compasso da destruição criadora, o novo deposita-se sobre as ruínas do velho incessantemente. Viva o novo! Sepultemos o velho!
E resolvemos acelerar nosso tempo. A obsolescência é uma visita que nos bate à porta cada vez mais frequentemente.
Nossa Cultura desenha o molde do grande conflito: o novo deve nascer negando o velho, que insiste, tenta resistir a perecer.
Na família, a surrada noção de “conflito de gerações” faz parte da essência familial.
Pais aturdidos, pois não querem perder seus filhos que, no entanto, criam para voar. Querem educar a seu modo; projetam seus sonhos nos descendentes; escondem neles alguns de seus temores; mas, ao mesmo tempo, lhes desejam a autonomia.
Filhos perdidos, pois querem voar, mas não podem anular seus pais. Da completa dependência aos poucos se autonomizam, criam seus caminhos, se opõem; ao passo que não podem abandonar suas origens, negar seu cabedal genético e cultural, nem desatar seus laços afetivos.
O velho quer o novo e o constrói a partir de suas matrizes; se sabe finito, mas não quer sucumbir. O novo é forjado pelas mãos do passado; é pensado e se pensa infinito, e quer escapar das mãos calejadas do seu artesão, que no fundo ama.
Xou Xolteiro - espaço para notas em defesa da solteirice
II - De quem é a vez?
Ser solteiro é ter menos louça pra lavar, menos roupa pra estender no varal e pra passar.
Uhuuuuuuuuuuuuu!!!
O problema é que é sempre a sua vez de fazer o serviço...
(08/08/2009 às 9:30)
I - Acesso Ilimitado
Pesquisas indicam que em torno de 75% das pessoas que tem acesso à internet, já utilizaram esse canal para visualizar material pornográfico.
Há mesmo quem afirme que a rede mundial só existe para atender a esse fim!
O solteiro inveterado tem a vantagem de poder acessar constantemente esse tipo de material sem ter que enfrentar o ciúme ou a censura da companheira. Pode, inclusive, ter vários desses sites em sua lista de favoritos!
Há quem possa argumentar que se não fosse solteiro, o acesso à pornografia seria desnecessário...
Protesto veementemente! Isso me cheira a conversa de moralistas, ou pessoas sem imaginação (ou moralistas sem imaginação, o que, certamente, é pior!). A capacidade humana de fantasiar e criar fetiches não tem limites!
E, além disso, tem muita gente por aí incapaz de satisfazer a voracidade de seu parceiro.
(postado em 06/08/2009 às 3:00)
O Herói Morreu - notas sobre o comportamento masculino
III – Nós, os Sumidos
Uma pergunta atormenta as mulheres a milênios: porque no “dia seguinte” nós homens sumimos? Eu poderia sofismar sobre essa questão e dando voltas de raciocínio culminar com uma explicação baseada em comportamentos arquetípicos.
Sob esse prisma, o Homem é o Herói ele adora a Mulher (a Donzela), mas precisa partir para outras batalhas. Aí ele se ausenta. É mais forte que ele.
A vocês Donzelas resta a espera resignada pelo amado. Que, de algum modo, sempre volta. E vocês adoram esperar. É mais forte que vocês.
Em nossos dias, vejo a constituição de um paradoxo. Nós Homens sumimos por força, mas também por fraqueza. Pelo lado da força temos um homem que quer mostrar quem manda, que é o dono da situação, que só faz o que quer quando quer. São resquícios do seu arquetípico heroísmo.
Pelo lado da fraqueza atuam dois fatores: um eterno que só foi comprovado recentemente; um que parece, senão ter surgido, ter ganhado corpo contemporaneamente.
Quanto ao primeiro, já está virando lugar comum apontar para o fosso verbal que separa homens de mulheres. Vocês precisam falar, flar, falar... e estão neuralmente instrumentalizadas para isso. Os machos são de bem menos palavras. Decorre daí, boa parte da eterna sensação de abandono feminina.
O elemento novo, que vem sedimentar a fraqueza masculina opera na chave do fortalecimento da mulher e em certa inversão de papéis (vide: “Sem Espaços para Heroísmos). Mesmo sem querer, as mulheres tem afugentado muitos homens. Muitas sentindo-se carmicamente “cansadas de esperar”, já não esperam mais... até já buscam relações que não impliquem na geração de expectativas. Ambos perdem.Quem sofre mais é o Herói. Ele, após realizar mais de uma de suas peripécias, só pensa em recostar no colo de sua amada.
II - Herói com TPM
Quando o macho mandava no mundo uma postagem como esta seria facilmente rotulada de "coisa de veado".
O fato é que, nos dias de hoje, o homem também precisa de uma muleta fisiológica para justificar seu eventual mau humor.
Também somos movidos a hormônios! Suas quantidades variam ao longo do tempo e em dependência das situações vividas. Queremos poder bradar com sangue nos olhos e com orgulho: "Cuidado, estou com TH (tensão hormonal)!".
A companheira atenta, solidária, que entende seu homem, saberá como aplacar essa fúria.
(08/08/2009 às 9:40)
I – Sem Espaço para Heroísmos
O mercado amoroso-afetivo ampliou muito sua oferta de produtos e seu espaço de relações. As mulheres se emanciparam; homossexuais masculinos e femininos definitivamente deixaram o armário; a própria codificação legal da sociedade se transforma para abarcar este alargamento da economia dos relacionamentos.
O problema é que rápido percebemos que apesar dessa inflação de possibilidades, nossos ilimitados desejos são difíceis de serem totalmente atendidos. Descobrimos que o “tudo o que podemos ter” nunca dará conta do “tudo o que podemos querer”. Somos uns eternos insatisfeitos. E isso é bom! Isso move o nosso mundo!
Louvamos a liberdade total, mas hipocritamente, nossa moral condena como libertino o comportamento liberado do outro. Viva a libertação dos costumes, onde todos são parceiros em potencial, menos o meu.
Para a fêmea, o macho tem todas as mulheres à sua disposição (e as fêmeas estão dispostas!), por isso, ela se calça: “Todos os homens são iguais”; “ninguém (nenhum homem) quer mais nada sério”; “não quero me envolver (com esse homem safado) para não me machucar” etc. etc. e etc. Como dizia a canção: você me tem fácil demais, mas não parece capaz de cuidar do que possui. A minha “facilidade” é a disponibilidade de todas as outras; a sua facilidade sustenta um desejar sem freios.
Mitologicamente, a mulher sempre acreditou nas mentiras do homem. A mulher contemporânea, escaldada pelas ameaças do mundo emancipado já não acredita mais em nada!
Os descendentes de Adão, sacanas ou inocentes, purgam o mesmo pecado. Paradoxalmente, o acesso facilitado às mulheres se vê obstruído pelo seu subproduto: o medo da dissolução da identidade feminina nesse imenso e tão desejado caldeirão orgíaco. (postado em 06/08/09 às 3:15)
Em tempo: Parece mais fácil renunciar ao desejo do que sucumbir às incertezas de suas múltiplas possibilidades!